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Importância do acompanhamento psicológico para a qualidade de vida dos pacientes renais

09 de Dezembro de 2024

Para oferecer ao paciente renal um atendimento completo e de qualidade, é essencial disponibilizar o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar. Isso inclui diversas especialidades, entre elas a psicologia. De acordo com a médica Ângela Santos, nefrologista da Uninefron, essa área desempenha um papel crucial no cuidado e no tratamento de pacientes em terapia nefrológica, como hemodiálise, diálise peritoneal ou até mesmo transplante renal. “Isso porque condições renais crônicas e agudas impactam de maneira significativa o bem-estar emocional, social e psicológico dos pacientes”, alerta ela.

Ângela Santos explica que o diagnóstico de insuficiência renal crônica, por exemplo, pode desencadear estresse, ansiedade e depressão. Além disso, tratamentos como a diálise provocam diversas mudanças no estilo de vida, na dieta e na rotina, o que pode gerar sentimentos de perda de controle e autonomia. “O suporte psicológico pode minimizar esses impactos negativos, melhorar a qualidade de vida e favorecer a adesão ao tratamento”, destaca a médica.
Ainda de acordo com a nefrologista, estudos indicam que, entre os pacientes com insuficiência renal crônica submetidos à hemodiálise, de 10% a 70% apresentam distúrbios emocionais, sendo os mais comuns ansiedade e depressão. Quando se considera todas as pessoas diagnosticadas com doença renal crônica, essa taxa chega a 50%.
 
Como a psicologia atua para melhorar a qualidade de vida
 
A médica Ângela Santos explica como o apoio psicológico é importante e como ele atua para melhorar a qualidade de vida. “Além de identificar e abordar barreiras emocionais, comportamentais e cognitivas que possam interferir no tratamento, auxilia pacientes e familiares na elaboração de estratégias de enfrentamento para lidar com o impacto físico e emocional da doença”, ressalta a médica.
“É importante destacar que a doença renal não afeta apenas o paciente, mas também seus familiares, que muitas vezes assumem o papel de cuidadores. O acompanhamento psicológico pode incluir a família, ajudando-a a lidar com o impacto emocional e a desempenhar uma função de suporte”, complementa Ângela Santos.
A psicologia também desempenha um papel importante na capacitação da equipe médica e multiprofissional, contribuindo para melhorar a comunicação com o paciente e o manejo de situações delicadas, como a recusa ao tratamento ou conflitos familiares. “Na Uninefron, o psicólogo trabalha de forma integrada com os demais profissionais que acompanham o paciente, como nefrologistas, nutricionistas e assistentes sociais. Essa sintonia é indispensável para garantir um tratamento humanizado, que considere o paciente como um todo, tornando-o mais eficaz. Dessa forma, é possível ajudar o paciente a enfrentar essa nova etapa, cheia de mudanças em sua vida, com mais confiança e serenidade”, reforça e finaliza médica Ângela Santos, nefrologista da Uninefron.

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