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Nefroesclerose hipertensiva – Conheça a condição que pode comprometer o funcionamento dos rins

08 de Novembro de 2024

Diversos problemas podem afetar o desempenho dos rins, e a nefroesclerose hipertensiva é um exemplo. Você já ouviu falar? Essa condição ocorre quando há um endurecimento (esclerose) das artérias renais devido à pressão arterial elevada. É mais comum nos indivíduos de raça negra, chegando a ser seis vezes mais comum nessa população.  De acordo com o nefrologista da Uninefron Mário Henriques, isso pode causar danos progressivos nos rins, prejudicando sua capacidade de filtrar o sangue de forma eficiente.
O especialista explica que existem dois tipos de nefroesclerose hipertensiva: a benigna, que evolui de maneira mais lenta, com o dano renal se desenvolvendo ao longo do tempo; e a maligna. "Neste último caso, a pressão arterial extremamente alta provoca lesões mais rápidas e graves nos rins, podendo resultar em falência renal aguda e, potencialmente, insuficiência renal terminal se não for tratada de forma imediata", acrescenta.
Os principais sinais da doença, nos casos mais graves, incluem pressão arterial elevada resistente ao tratamento, perda de apetite e peso, náusea, vômitos, presença de proteínas na urina, aumento da creatinina e ureia no sangue, além de retenção de líquidos.
O diagnóstico é realizado por meio de exame de urina (para detectar a presença de proteínas), exames de sangue (creatinina e ureia) e exames de imagem dos rins, como ultrassonografia ou tomografia, exame do fundo do olho (avaliando os vasos da retina, que refletem o que acontece na microvasculatura renal). O tratamento, por sua vez, envolve principalmente o controle da pressão arterial. "Isso pode ser feito com o uso de medicamentos. Em casos mais graves, o paciente pode necessitar de diálise ou até mesmo de um transplante renal, caso ocorra falência renal", relata Mário Henriques.
Atenção aos fatores de risco:
?Idade avançada;
?Hipertensão arterial moderada a grave e mal controlada;
?Outras doenças renais, como nefropatia diabética.
Quanto ao prognóstico, o especialista da Uninefron destaca que ele depende da eficácia do controle da pressão arterial e do grau de lesão nos rins. Na maioria dos casos, as chances de progressão da nefroesclerose hipertensiva para doença renal terminal (doença renal crônica grave) são baixas. Após 5 a 10 anos, apenas 1 a 2% das pessoas desenvolvem disfunção renal significativa. "Apesar disso, como a hipertensão crônica e a nefroesclerose são condições comuns, a nefroesclerose hipertensiva é uma das principais causas de doença renal terminal", alerta.
Para evitar complicações graves, é fundamental estar atento aos fatores de risco e sintomas, além de adotar hábitos de vida saudáveis. Ao notar qualquer sinal diferente no organismo, o recomendado é buscar orientação médica.
 

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