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Prática da atividade física como parte do tratamento de um paciente renal – conheça os benefícios

20 de Setembro de 2024

Recife, 20 de setembro de 2024
 
A prática de atividade física é essencial para manter um estilo de vida saudável, e isso também se aplica a pacientes renais. De acordo com o médico Flávio Galindo, nefrologista da Uninefron, o exercício físico, em combinação com uma alimentação adequada para a doença renal, pode ajudar a manter um peso saudável, fortalecer os músculos, controlar os sintomas da condição, reduzir complicações associadas e promover um estado de espírito positivo.
 
Flávio Galindo chama a atenção para os estudos citados na Revista Brasileira de Medicina do Esporte, que apontam o sedentarismo como um forte impacto negativo sobre essas pessoas, contribuindo, inclusive, para os altos índices de mortalidade. Pacientes sedentários apresentam um risco de morte 62% maior em comparação com os que praticam atividades físicas. “Além disso, entre aqueles sob tratamento dialítico, a realização de exercícios de duas a três vezes ou de quatro a cinco vezes por semana reduziu o risco de mortalidade em 29% e 33%, respectivamente, quando comparados aos sedentários”, ressalta o nefrologista.
 
Os benefícios são claros e evidentes. No entanto, o médico Flávio Galindo enfatiza que, antes de iniciar qualquer programa de exercícios, os pacientes renais devem passar por uma avaliação médica completa. "Essa avaliação deve incluir a análise da função renal, a presença de outras condições médicas (como doenças cardíacas ou diabetes) e a capacidade física do paciente", ressalta ele.
 
O médico explica ainda que, a partir dessa análise, é possível indicar a atividade física mais adequada ao quadro clínico e às condições físicas de cada indivíduo. Caminhadas leves, alongamentos e exercícios de baixa intensidade são os mais recomendados. Já as atividades de alta intensidade e o levantamento de peso devem ser evitados e só poderão ser realizados se liberados pelo nefrologista.
 
Flávio Galindo também listou alguns dos exercícios mais indicados e seus principais benefícios. Confira:
 
01 - Exercícios aeróbicos: Caminhada, bicicleta ergométrica, natação e dança são opções seguras e eficazes. Essas atividades ajudam a melhorar a resistência cardiovascular, controlar o peso e promover o bem-estar geral.
 
02 - Exercícios de resistência: Treinamento com pesos leves ou elásticos pode ajudar a fortalecer os músculos, melhorar a postura e aumentar a massa muscular. Deve ser realizado com cuidado para evitar sobrecarga.
 
03 - Exercícios de flexibilidade: Alongamentos regulares ajudam a manter a mobilidade articular e prevenir lesões.
 
04 - Exercícios de equilíbrio: Podem ser incluídos para reduzir o risco de quedas, especialmente em pacientes mais idosos.
 
Quanto à frequência, Flávio Galindo esclarece que a recomendação é de três a cinco vezes por semana, com duração de 20 a 60 minutos por sessão. "Isso deve ser ajustado de acordo com a capacidade e o nível de tolerância do paciente", acrescenta.
 
Todos os exercícios devem ser realizados sob a orientação de um profissional de saúde
De acordo com Flávio Galindo, para que essa rotina seja segura, todos os exercícios devem ser realizados sob a orientação de um profissional de saúde, como um fisioterapeuta ou educador físico, com experiência em reabilitação de pacientes renais. “Esses profissionais devem monitorar constantemente o estado do paciente, bem como ficar alerta para alguns sinais, como fadiga extrema, falta de ar, dor no peito e alterações na função renal, pois podem indicar que o exercício está sendo excessivo ou inadequado", relata o médico.
 
“É importante também lembrar a importância de manter o equilíbrio hídrico do organismo. Durante o exercício, o corpo perde mais líquidos do que o normal, e o médico deve ser consultado sobre a necessidade de ajustar a ingestão de líquidos para garantir a hidratação adequada. A prática regular de exercício físico, aliada a uma abordagem multidisciplinar, que envolve médicos, nutricionistas e fisioterapeutas, é fundamental para o tratamento e pode contribuir significativamente para o bem-estar de pacientes renais”, garante o médico Flávio Galindo, nefrologista da Uninefron.

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