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Leptospirose pode desencadear insuficiência renal: veja os cuidados com a doença

04 de Agosto de 2023

Além de causar transtornos nas cidades e moradias, as fortes chuvas, comuns nessa época do ano, também podem atingir a saúde da população, e uma doença específica se torna evidente nesse período: a leptospirose. “O que muita gente não sabe é que essa patologia, causada pelo contato com a urina contaminada de ratos, também pode afetar os rins, e isso preocupa os profissionais de saúde”, alerta o médico Mário Henriques, nefrologista da Uninefron.
“Os sintomas mais comuns da leptospirose são febre, dor de cabeça, náusea, vômito, diarreia e dores no corpo. Porém, em casos graves, pode ocorrer a chamada síndrome de Weil, caracterizada pelo surgimento da combinação de três prejuízos: icterícia, hemorragia e insuficiência renal”, detalha o especialista. 
Como se sabe, a leptospirose é uma doença transmitida pela urina de ratos contaminados pela bactéria Leptospira, que pode estar presente em esgotos, bueiros e lixo. O contato com a urina do animal pode ocorrer por meio de água empoçada, lama ou em regiões alagadas. A contaminação ocorre através da pele, por meio de lesões ou até mesmo da pele íntegra em contato muito longo com o líquido infectado.
De acordo com Mário Henrique, a insuficiência renal é uma complicação da chamada fase grave da leptospirose e ocorre em 16% a 40% dos pacientes. “A doença pode causar a inibição de reabsorção de sódio nos túbulos renais e perda de potássio. Nesse estágio, o indivíduo pode ter um débito urinário elevado, aumentando os níveis de creatinina e ureia, indicando a insuficiência dos rins”, esclarece o médico.
“Com a progressão desse quadro, o volume intravascular começa a regredir. Nesse momento, os níveis de potássio começam a subir para o estágio normal ou elevado. Devido à perda de volume, os pacientes podem apresentar necrose tubular aguda, podendo ser necessário o início imediato de tratamento dialítico”, relata Mário Henriques.
Os casos leves de leptospirose são tratados em ambulatório, e situações mais graves podem requerer internamento. A recomendação de Mário Henriques é que o indivíduo jamais se automedique, sob risco de agravar a doença. Ele aconselha que, em caso de suspeita, seja realizada uma consulta com um médico ou uma visita a um serviço de emergência.
“É preciso iniciar medidas terapêuticas o mais rápido possível para evitar o agravamento da doença e o surgimento de novas complicações. A leptospirose é uma doença que pode levar a óbito. Por isso, é preciso acompanhamento rigoroso e um tratamento eficaz”, finaliza o médico Mário Henriques, nefrologista da Uninefron.
 
 

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