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Câncer renal atinge 1 a cada 10 mil crianças abaixo dos 15 anos de idade no Brasil

05 de Maio de 2023

 A história que mobilizou a mídia esta semana, de duas adolescentes gêmeas idênticas, da Escócia, em que uma foi diagnosticada aos 10 anos com câncer renal, e a outra, sem ter a doença, apresentou os mesmos sintomas, traz um alerta sobre o tumor de Wilms, que atinge mais frequentemente crianças e adolescentes.
De acordo com o médico Flávio Galindo, nefrologista da Uninefron, esse tipo de câncer renal também pode afetar uma parcela maior de crianças com menos de cinco anos. “De acordo com o Grupo de Apoio ao Adolescente e Criança com Câncer de São Paulo, estima-se que, no Brasil, 1 a cada 10 mil crianças abaixo dos 15 anos de idade seja acometida pela doença”, explica Flávio Galindo.
O nefrologista também explica quais são os sintomas mais frequentes do tumor de Wilms. “É preciso ficar atento às dores estomacais, nas costas, febre recorrente e sem causa aparente, enjoo e náuseas, perda de apetite, presença de sangue na urina, aumento da pressão arterial, prisão de ventre, dor de estômago, fraqueza, perda de atitude e dificuldade para respirar”, ressalta.
Esse tipo de tumor também pode ser detectado através do tato. “A criança geralmente apresenta uma massa firme e, muitas vezes, grande o suficiente para ser sentida em ambos os lados da barriga. Nesse caso, os pais ou responsáveis podem observar essa proeminência apalpando o abdome na hora do banho ou ao vestir a criança. Geralmente não é dolorida, mas, em alguns casos, pode causar dor de barriga”, esclarece Flávio Galindo.
 
Tratamento tem alta taxa de cura, alcançando até 90%
 
 
Após investigação, o diagnóstico do tumor de Wilms pode ser comprovado por meio de análise de imagem. De acordo com Flávio Galindo, exames com ultrassonografia e ressonância nuclear magnética de abdome, radiografia de tórax, tomografia computadorizada de tórax, abdome e pelve podem comprovar a doença. “Após ser diagnosticada, é necessário iniciar o tratamento o mais breve possível”, garante o médico.
Em alguns casos, o tratamento desse tipo câncer renal é baseado em cirurgia, quimioterapia e/ou radioterapia. “A resposta ao procedimento geralmente é muito boa. Em 90% dos casos, os pacientes conseguem ficar curados”, concluiu o médico Flávio Galindo, nefrologista da Uninefron.
 
 
 
 
 

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