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Vasculites e os rins

17 de Outubro de 2022

Existem alguns termos que servem para definir a manifestação de sangramento cutâneo, entre eles, temos as petéquias, áreas tipicamente menores que dois milímetros, vermelhas, que não desaparecem com a digitopressão e localizam-se geralmente nos membros inferiores. “As púrpuras resultam da coalescência das petéquias e representam bolhas de sangramento na mucosa e pele”, relata o nefrologista Mário Henriques, da Uninefron.
 
De acordo com o médico, as púrpuras são sinais presentes nas vasculites, que representam processos inflamatórios nas paredes dos vasos, contendo leucócitos e podendo evoluir com isquemia e necrose, associado a extravasamento de sangue na pele e mucosas.  “As vasculites podem ocorrer como processo primário ou secundário a outra doença de base.  O mecanismo patogênico dessas doenças não é totalmente conhecido. Geralmente são patologias sérias e podem evoluir com gravidade, até causando óbito”, alerta.
 
As vasculites são classificadas de acordo com o diâmetro do vaso acometido: vasculite de grandes, médios e pequenos vasos. “As vasculites de pequenos vasos são as mais envolvidas em danos renais. Na infância, a mais comum é a púrpura de henoch shölein, que se expressa por petéquias nos membros inferiores, associando-se a dores e desconforto abdominal e artrite, e podem cursar com glomerulonefrite aguda”, enfatiza Mário Henriques.
 
Ainda de acordo com o médico, nos adultos, é uma patologia rara, em algumas ocasiões com diagnóstico difícil. “Os sintomas são inespecíficos, como perda de peso, inapetência, astenia, febre e pode envolver os órgãos, como inflamação nos olhos, particularmente esclerite; o nariz, com sangramento nasal (epistaxe) e coriza constante (rinorreia); o sistema nervoso, expresso por pé ou pulso caído (neuropatia motora por isquemia) e sangramento pulmonar (hemoptise). A investigação detalhada da história clínica do paciente é fundamental para descartar a possibilidade do uso prévio de medicação ou drogas ilícitas que induz à vasculite (cocaína, por exemplo) e detecção de outras doenças que podem cursar com vasculite, como o lúpus eritematoso sistêmico e as hepatites. A biópsia do órgão envolvido é essencial para o diagnóstico, a definição do prognóstico e como guia para a terapia mais indicada”, reforça o nefrologista.
 
Os rins são alvos das vasculites
 
“Os rins, por serem compostos por pequenos vasos, são alvos das vasculites, principalmente as que acometem pequenos vasos, levando a glomerulonefrites (inflamação no glomerúlos) e, com isso, à insuficiência renal aguda, sendo os sintomas mais comuns perda de proteína na urina, sangue na urina (hematúria), redução do volume urinário, além de pressão arterial elevada e alteração dos exames de sangue (ureia e creatinina).  Nos casos mais graves, poderá necessitar de terapia de substituição renal (hemodiálise)”, esclarece Mário Henriques.
 
Segundo o especialista, o tratamento das vasculites baseia-se no controle do sistema imunológico, sendo utilizado corticoide e drogas imunossupressoras, que serão escolhidas de acordo com o tipo de vaso e órgão acometidos. “Os pacientes portadores de vasculites podem ter total ou parcial recuperação do quadro clínico, assim o acompanhamento médico regular é importante para diminuir as sequelas desta patologia”, finaliza o nefrologista Mário Henriques, da Uninefron.
 
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