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Fisioterapia intradialítica melhora a qualidade de vida de pacientes em diálise

23 de Setembro de 2022

Pacientes em tratamento dialítico podem contar com uma terapia complementar que pode se tornar essencial para melhorar sua qualidade de vida. Disponibilizada de forma pioneira pela Uninefron, a fisioterapia intradialítica utiliza exercícios físicos durante as sessões de diálise para ajudar no tratamento e promover benefícios para o paciente. Segundo a coordenadora do Núcleo de Fisioterapia da Uninefron, Alessandra Venceslau, a terapia dá mais autonomia aos pacientes.

 
Ainda de acordo com a fisioterapeuta, a doença renal tem muitas comorbidades. “Por conta disso, os pacientes podem apresentar limitações funcionais, então o objetivo é desenvolver ou manter a funcionalidade desses pacientes. O foco é a funcionalidade para uma promoção da qualidade de vida”, defendeu Alessandra Venceslau.
 
Ela conta que os exercícios são realizados, preferencialmente, nas duas primeiras horas de diálise. “Fazemos intervenções com atividades aeróbicas com pedalinhos para fortalecimento muscular, além de exercícios de resistência com faixas elásticas, halteres, caneleiras e equipamentos de academia”, explicou.
 
Alessandra Venceslau garante que todos os pacientes podem fazer a fisioterapia durante as sessões, desde que não haja nenhuma contraindicação. “Cada programa é individualizado de acordo com as demandas do paciente, porque a doença renal tem muitas comorbidades e limitações funcionais. Do ponto de vista renal, não há contraindicação, mas é necessária uma avaliação médica para analisar a condição de cada pessoa individualmente”, ressaltou a especialista.
 
Além de Alessandra, a equipe de Fisioterapia Intradialítica da Uninefron conta com mais três fisioterapeutas, que atuam diretamente na assistência aos pacientes durante as sessões. O serviço foi implantado de forma pioneira em Pernambuco pela Uninefron e está em funcionamento há 12 anos.
 
Os benefícios da fisioterapia intradialítica
 
Alessandra Venceslau analisa que o público que pratica a fisioterapia é majoritariamente idoso, com idade acima dos 60 anos. “Essa faixa etária é a mais beneficiada. O idoso, quando entra em diálise, se encontra limitado, tem perda de massa muscular por conta da própria doença, e isso aumenta o risco de quedas e diminui a autonomia”, aponta a coordenadora do setor, revelando que esses pacientes se mostram muito melhores após o início do tratamento.
 
“Quando entramos com fortalecimento muscular, melhoramos seu equilíbrio e damos mais autonomia para que esse idoso possa desenvolver algumas tarefas sem depender de outras pessoas, além de poder sair sozinho, com a família ou amigos. Isso também ajuda na parte emocional, pois o insere socialmente, melhora a autoestima, traz vigor. Essa melhora é observada tanto pelo paciente quanto pela família e equipe médica, sendo também confirmada cientificamente por meio de exames”, diz Alessandra Venceslau.
 
Entre outros benefícios proporcionados pela fisioterapia intradialítica está a diminuição na necessidade de ingerir medicamentos, pois a prática de exercícios diminui dores e regula a glicemia, o que reduz os remédios para diabetes, por exemplo. “O mais importante é o seguinte: a gente também muda a consciência do paciente. Muitos deles foram sedentários a vida inteira, e a fisioterapia incentiva as pessoas a procurarem uma atividade fora da clínica, a ter uma rotina mais saudável”, finalizou Alessandra Venceslau, da Uninefron.

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