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Cálculo renal na gravidez requer cuidados especiais

05 de Setembro de 2022

Os cálculos renais são massas sólidas formadas por pequenos cristais que podem causar dor intensa, e em gestantes esse incômodo pode ser ainda maior. Além das dores, o surgimento de pedras nos rins durante a gravidez requer cuidados especiais. “A mãe não poderá receber o tratamento adequado por conta da formação do bebê e, por isso, será necessário um acompanhamento especializado”, explica Flávio Galindo, médico nefrologista da Uninefron.

 
“A gestação causa alterações fisiológicas que podem modificar o tamanho e a disposição dos órgãos no corpo da mulher e entre essas mudanças está a possível dilatação do rim. Esse crescimento, por sua vez, por tornar mais propensa a liberação de cálculos existentes nesses órgãos. Esse tipo de situação é considerado de risco razoável para mãe e bebê” informa Flávio Galindo.
 
O nefrologista explica ainda que, apesar do risco, o cálculo em si não afeta a criança. Segundo Galindo, estudos clínicos mostram que a ocorrência de cálculo renal nas gestantes não afeta a saúde do bebê dentro do útero. “A cólica renal, porém, pode causar desconforto na mãe e desencadear problemas que, associados a outras condições, podem ocasionar o parto prematuro. O cálculo renal também pode favorecer o desenvolvimento da infecção urinária, que, por sua vez, pode desencadear distúrbios hipertensivos e diabetes gestacional na mãe, e, em alguns casos, a prematuridade do bebê”, explica o médico.
 
 O tratamento dos cálculos renais na gravidez
 
Segundo informações do nefrologista Flávio Galindo, o tratamento dos cálculos renais na gravidez não pode ser feito cirurgicamente. Nesse caso, as pedras devem ser expelidas de forma espontânea. Esse processo pode ser facilitado pela dilatação do trato urinário apresentado durante a gestação.
 
“Caso a mulher grávida apresente pedras nos rins, o tratamento inicial consiste em controlar as dores com medicamentos. Somente em casos específicos é recomendada uma abordagem mais invasiva, mas deve-se levar em consideração possíveis complicações obstétricas. A litotripsia, por exemplo, que diminui a pedra em fragmentos menores, só é indicada em, pelo menos, 15 dias após o parto”, detalha o médico.
 
“Assim que a paciente identificar qualquer suspeita de dor que sinalize possíveis cálculos renais, procure o médico ginecologista ou obstetra para a realização de exames. Apesar de proporcionar incômodos, um acompanhamento inicial dará mais qualidade de vida para a mãe levar a gestação com saúde até o nascimento do bebê”, finalizou o nefrologista Flávio Galindo, da Uninefron.
 
 

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