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Pacientes em diálise podem desenvolver constipação intestinal. Veja como se prevenir

22 de Julho de 2022

Pacientes que estão em tratamento dialítico podem apresentar outros problemas no organismo que podem ser bastante inconvenientes, como a constipação intestinal. “Esse tipo de desconforto ocorre especialmente em pessoas com doença renal crônica e pode afetar ainda mais a saúde e o bem-estar dos pacientes”, alerta o médico Rafael Pacífico, nefrologista da Uninefron.

 
“Somente o desconforto causado por esse problema já se torna um fator negativo para a qualidade de vida desses pacientes. É preciso esclarecer que a constipação não interfere diretamente no sucesso do tratamento dialítico, nem compromete a saúde renal, mas pode se tornar inconveniente no dia a dia desses indivíduos, e o bem-estar é um quesito fundamental durante esse momento”, afirma Rafael Pacífico.
 
O nefrologista explica ainda que o surgimento da constipação intestinal nesses pacientes pode ocorrer por diferentes motivos. Além das causas comuns à população em geral, pacientes em hemodiálise costumam ter uma baixa ingestão de líquidos e um menor consumo de alimentos ricos em fibras, para evitar o aumento no nível de potássio no sangue, extremamente perigoso para a saúde dessas pessoas.
 
“O tratamento dialítico também requer a administração de medicamentos específicos, que podem ter como consequência a indução de alterações gastrointestinais, como aqueles voltados para o controle do nível de fósforo no organismo”, esclarece o médico.
 
Rafael Pacífico também alerta que, apesar de não afetar diretamente a saúde dos rins, a constipação intestinal pode causar outras adversidades no corpo, como fecaloma (fezes endurecidas no intestino ou no reto do paciente), dilatação ou obstrução intestinal, diverticulite, hemorroidas, fístula anal e até câncer de cólon. “O tratamento desse sintoma é limitado nesses pacientes e requer atenção, devido às restrições dietéticas impostas pela perda da função renal e pelas especificidades do tratamento dialítico”, afirma.
 
“Os cuidados dietéticos com a constipação intestinal devem incluir uma quantidade adequada de fibras, de líquidos e de atividades físicas para a realidade de cada paciente, além da observação de modificações comportamentais caso a caso. Mas é preciso destacar que esses cuidados devem ser ministrados por um atendimento multidisciplinar, unindo nefrologistas e nutricionistas”, finalizou o nefrologista Rafael Pacífico, da Uninefron.
 
 

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