Flávio Galindo explica ainda que as pedras nos rins, uma das complicações renais que mais acometem os brasileiros, podem ter origem hereditária. Outro exemplo é a doença renal policística – também conhecida como “rins policísticos” -, quarta maior causa de necessidade de diálise no país, segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia.

De acordo com o nefrologista, de forma geral, não há como impedir o aparecimento de uma doença renal hereditária, pois elas se desenvolvem por meio de genes, como resultado de alterações cromossômicas. No entanto, há métodos eficazes que podem ajudar a se prevenir e diminuir os impactos dessas patologias no organismo.

“Sabendo do histórico familiar e da hereditariedade das doenças, as pessoas devem monitorar a saúde renal junto a um nefrologista com determinada frequência. É possível incluir exames específicos para o trato renal no check-up anual, por exemplo. Além disso, é preciso aliar esse cuidado à prática de hábitos saudáveis, como boa alimentação e atividades físicas”, disse o nefrologista.

Algumas das medidas que podem ajudar a manter um organismo equilibrado é preferir alimentos saudáveis, incluindo verduras, legumes e carnes magras na dieta, além de evitar o consumo de sal, refrigerantes e produtos ultraprocessados em excesso – alimentos que podem prejudicar diretamente a saúde renal. “Praticar atividades físicas, mesmo que de forma moderada, também pode ser útil nesse sentido, como fazer caminhadas, natação, musculação, dança ou outros esportes. Aliar todos esses cuidados a um acompanhamento médico preventivo pode retardar o aparecimento das doenças, sejam elas hereditárias ou não, além de ajudar a minimizar seus impactos no organismo”, ressaltou Flávio Galindo.

 

Doenças renais hereditárias raras

 

Além das doenças renais mais comuns e conhecidas da população, outras patologias raras que também podem acometer os rins podem ser passadas de pai para filho. “É o caso da doença de Fabry, da cistinose e da síndrome hemolítica urêmica atípica, distúrbios que podem evoluir para doença renal crônica. Por isso, é importante estar atento ao funcionamento do corpo para que se tenha um prognóstico precoce e um tratamento inicial efetivo, evitando a evolução dessas doenças”, concluiu o nefrologista Flávio Galindo, da Uninefron.