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Cuidados com a saúde renal dos idosos precisam ser redobrados

16 de Junho de 2022

Dos 210 milhões de brasileiros, 37,7 milhões são pessoas idosas, segundo censo do Dieese divulgado no ano passado. O montante corresponde a quase 18% da população. “E com o aumento gradativo da expectativa de vida no mundo, essas pessoas precisarão de muito cuidados, principalmente com a saúde e essencialmente com o possível surgimento de problemas renais”, alerta o nefrologista Rafael Pacífico, da Uninefron.

 
A insuficiência renal, por exemplo, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), pode atingir de 30% a 50% das pessoas com mais de 60 anos. “É natural, com o envelhecimento, haver uma redução do ritmo de filtração glomerular. Com isso, o rim envelhece e diminui sua função”, explica o médico. O processo de envelhecimento está associado também com alterações estruturais e fisiológicas renais que impactam o funcionamento dos rins.
 
Ainda de acordo com Rafael Pacífico, a redução da função renal torna o idoso mais vulnerável a fatores externos capazes de agredir o rim. A desidratação é um dos exemplos. “A reserva hídrica dos idosos é menor, por isso eles desidratam mais facilmente. Por isso, o ideal é que ocorra maior vigilância na ingestão de líquidos por essa população assegura o nefrologista.
 
Outros fatores, ainda mais agressivos, precisam de cuidados e tratamentos médicos. “Os principais problemas que atingem a saúde dos rins nos idosos são o descontrole da diabetes, a hipertensão arterial e a obesidade. São doenças que podem levar à perda progressiva e irreversível das funções renais”, afirma Rafael Pacífico.
 
Por outro lado, continua o nefrologista, outras importantes medidas de prevenção são necessárias. “Evitar o excesso de sal na alimentação, ter uma alimentação equilibrada, praticar exercícios físicos regularmente, ficar atento à cor e ao aspecto da urina, não fumar e não usar remédios sem orientação médica são ações fundamentais”, destaca.
 
Fazer exames preventivos, de urina e creatinina, auxilia no diagnóstico e, tão cedo sejam detectadas alterações e seja iniciado o tratamento, maior a taxa de sucesso para resolver o problema. “Quem tem mais de 60 anos precisa consultar o médico regularmente. Isso parece óbvio, mas muitas pessoas não acatam a recomendação e deixam para procurar quando já está mais acometido pela doença renal e, na maioria das vezes, em estágio avançado”, conclui Rafael Pacífico, da Uninefron.

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