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Você sabe o que é glomerulonefrite, a doença renal que pode impactar a filtração do sangue e a produção de urina?

25 de Janeiro de 2024

Você já ouviu falar em glomerulonefrite? Terceira causa de insuficiência renal, perdendo apenas para diabetes e hipertensão, essa é uma doença caracterizada pela inflamação dos glomérulos, estrutura existente nos rins que é responsável pela filtração do sangue e produção de urina. “Essa doença, se não diagnosticada e não tratada, pode levar à insuficiência renal e à possibilidade de iniciar hemodiálise”, alerta a médica Vivianne Pinheiro, nefrologista da Uninefron.

De acordo com a médica, as glomerulonefrites, quando aparecem isoladamente, são classificadas como primárias; e quando estão associadas a doenças sistêmicas, como diabetes, lúpus, obesidade mórbida, HIV, faringite, lesões na pele e câncer, são classificadas como secundárias”. Vivianne Pinheiro acrescenta ainda que, em relação à gravidade, os quadros podem evoluir agudamente, em algumas situações, melhoram espontaneamente ou ainda evoluem de forma crônica. 
Vale ressaltar que as duas formas citadas, primária e secundária, se manifestam de maneiras diversas. “A doença glomerular tem apresentações clínicas que variam desde paciente assintomático, que descobre hipertensão arterial sistêmica, edema, perda de sangue e de proteínas através da urina (hematúria e proteinúria, respectivamente), em exame clínico de rotina, ou pode evoluir para insuficiência renal crônica terminal por deterioração rápida da função renal”, descreve a nefrologista. 
Então, como a maioria das doenças glomerulares não leva a sintomas perceptíveis ao paciente, para que o diagnóstico seja feito o mais breve possível, é importante buscar atendimento médico assim que sintomas como edema, hipertensão, urina espumosa ou alteração em exame de urina de rotina, mostrando hematúria ou proteinúria, forem identificados. Serão necessários exame físico e exames laboratoriais de sangue e de urina. Além disso, pode ser solicitada a realização de uma biópsia renal para definição dos tipos de lesões e da terapia. 
 
O tratamento pode variar de acordo com a causa, o tipo e a gravidade
 
A médica Vivianne Pinheiro ressalta que o tratamento geral deve ser iniciado independentemente do tipo da doença glomerular, como a redução do consumo de sal, tratamento do colesterol e dos triglicerídeos, uso de diuréticos para reduzir o edema e controle da pressão arterial. “No entanto, em quadros clínicos mais graves ou dependendo do tipo de lesão encontrada na biópsia renal, algumas medicações imunossupressoras, como corticoides, podem ser prescritas”, destaca ela. 
Ainda de acordo com a especialista, o prognóstico pode variar. “Lembrando que o diagnóstico precoce é fundamental para prevenir a evolução para doença renal crônica e necessidade de hemodiálise”, concluiu a médica Vivianne Pinheiro, nefrologista da Uninefron.
 

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